
Bratislava vista de cima do castelo que leva o mesmo nome da cidade; ao fundo o Rio Danúbio, nosso companheiro de viagem.
Depois de um dia inteiro em Viena, na Áustria, no dia seguinte, cedo, seguimos para Bratislava. A capital da Eslováquia, país vizinho, fica apenas a uma hora e poucos minutos da capital austríaca, indo pela autoestrada. Ao chegar, logo percebemos a presença do nosso companheiro de viagem: o Rio Danúbio.
A curiosidade era grande! “Eslováquia!!!”, eu dizia para mim mesmo, lembrando das vezes que me imaginei naquela cidade e pensei na remota probabilidade de um dia visitá-la. Bratislava estava lá, pronta para ser descoberta em menos de 24h, antes de seguirmos viagem para o próximos destino que o Danúbio nos levaria.
De cara, o idioma foi a primeira coisa a chamar a nossa atenção. O Eslovaco, aparentemente, é uma língua bem complicada se você fala algum idioma latino, como o Português. São tantos caracteres diferentes, que é impossível associar algo com o vocabulário da nossa língua mãe. O jeito é apelar para o Inglês (sempre ele!).

Placas têm tradução em Inglês 🙂
A cidade tem um ar decadente, mas ao mesmo tempo guarda nos prédios do centro histórico uma enorme riqueza traduzida em cores e estilos arquitetônicos. Andar pela Cidade Velha de Bratislava, o centro histórico, é vislumbrar edificações medievais, mosteiros, palácios e castelos.
Um dos ícones da cidade é o castelo que leva o nome da capital. Ele está situado na parte mais alta de Bratislava, de onde é possível ter uma visão privilegiada de toda a cidade, incluindo o Danúbio. Segundo conta a história, este morro é habitado desde o período de transição entre as idades da Pedra e do Bronze, tendo sido o local da acrópole de um povo celta, um assentamento fortificado, um centro político, militar e religioso. O primitivo castelo de pedra, então, foi construído no século X, quando a zona fazia parte do Reino da Hungria. Entre os século XVI e XVII, o castelo foi reconstruído algumas vezes, assumindo os estilo renascentista e depois o barroco. Já no século XIX, ele foi destruído e só foi reconstituído em 1950, graças à Rainha Maria Theresa, da Áustria.
Um outro capítulo da história de Bratislava conta como a cidade se tornou capital do país. Somente depois da queda do comunismo nos países da região central da Europa, a antiga Tchecoslováquia (ou Checoslováquia) reivindicou sua independência. Assim nasceu, em 1993, a República Tcheca e a República Eslováquia, da qual Bratislava é a maior cidade, com pouco mais de 400 mil habitantes.
Devido à recente independência, o país ainda caminha em direção ao desenvolvimento. Em Bratislava, em certos lugares, eu me sentia como se estivesse me transportado para a década de 1990 no Brasil. O que me parece, na verdade, é que muito do que se vê na cidade é herança do comunismo e dos tempos áureos de reis e rainhas que dominaram aquela região.
Confira mais fotos da nossa visita a Bratislava (Fotos: Débora Guerra e Thiago Melo) >>
Na próxima semana acompanhe o final do nosso Diário de Viagem pelas cidades do Rio Danúbio. O destino será Budapeste, na Hungria.